19/04/2023

Embrapa e Associação de Criadores de Charolês divulgam resultados das provas de desempenho de reprodutores

Essa foi a sexta edição das duas provas e contou com a participação de 20 jovens touros de sete criatórios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

A Embrapa Pecuária Sul e a Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCC) divulgaram os resultados da Prova de Avaliação a Campo (PAC) e da Prova de Eficiência Alimentar (PEA), nesta sexta-feira (14/04) em um Dia de Campo realizado em Bagé (RS). Essa foi a sexta edição das duas provas e contou com a participação de 20 jovens touros de sete criatórios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e os animais foram avaliados nos campos experimentais da Embrapa em Bagé, onde permaneceram de junho de 2022 até o final das provas.

Pela primeira vez um mesmo animal foi o primeiro colocado na PAC e na PEA, desde que começaram a ser realizadas as provas da raça Charolês. Trata-se do reprodutor com a "VLD 519 Protocolo" (Harms Lunch Money 5530 x Santa Tecla 2225 Sincera #) da Cabanha VLD, de Concórdia (SC). Já a segunda colocação da PAC ficou com o reprodutor “Cezar Affinity 2111 Ready” (LT Affinity 6221 Pld X Cezar 1188 Value Niagara #) da propriedade Cesar Adams Cezar, de Vacaria (RS). E em terceiro colocação ficou o touro de "VLD 512" (Harms Lunch Money 5530 x Afrodite 08 Sto Inacio), também da Cabanha VLD. Já na PEA, a segunda colocação ficou com o animal “Santa Tecla 2839 Colírio” ("WC Big Ben 9036 P x Santa Tecla 2703 Xanturia #)", da Cabanha Santa Tecla, de Abelardo Luz (SC) e em terceiro o reprodutor “Cezar Affinity 2107 Ravenous” ((LT Affinity 6221 PLD X Cezar 1262 Value Ofelia #), da propriedade Cesar Adams Cezar. Os cinco exemplares receberam a classificação de animais "elite" nas respectivas provas 

Para o presidente da ABCC, Cesar Adams Cezar, a realização das provas em parceria com a Embrapa tem contribuído para o desenvolvimento da raça ao gerar informações objetivas e qualificadas sobre a genética dos reprodutores. “São informações muito importantes para o produtor fazer a seleção de forma objetiva e melhorando seu rebanho com as características que lhe interessam”, ressaltou.

Já o coordenador das provas, o analista da Embrapa Roberto Collares, destacou que cada vez mais a pecuária de corte busca eficiência e os dados gerados nas provas propiciam que os criadores tenham subsídios para buscar isso. “As provas são mais uma ferramenta de melhoramento genético que o produtor tem à sua disposição”.

De acordo com Diego Magro, da Cabanha VLD, a dupla premiação é um reconhecimento pelo trabalho de anos que a propriedade vem realizando com genética Charolês. “O mais importante nas provas de avaliação de desempenho é que os méritos genéticos dos animais são incontestáveis, uma vez que são verificados por parâmetros objetivos e não apenas a partir de opiniões subjetivas”. Magro ressaltou ainda que vencer as provas contribuem também comercialmente para a propriedade, uma vez que as centrais de inseminação procuram por animais testados e com genética superior comprovada.

No Dia de Campo, além da divulgação dos resultados, também foram apresentadas palestras relacionadas ao melhoramento genético pelos pesquisadores Cristina Genro e Marcos Yokoo e o analista Álvaro Moraes Nato, da Embrapa, além de técnicos da Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares. Após as palestras, os participantes do evento puderam conferir de perto os animais participantes, com uma explicação das características dos animais feita pelo pesquisador Joal Brazzale Leal.

As provas
O objetivo da PAC é comparar, dentro de um mesmo ambiente físico e com mesmo tratamento, reprodutores de diferentes criatórios com a finalidade de identificar animais superiores em termos de genética, para produção de carne em sistema de pastejo. São avaliadas diferentes características que formam o índice final, como ganho de peso diário, área de olho de lombo, gordura subcutânea, entre outros.

Já a PEA busca identificar animais mais eficientes na conversão alimentar, ou seja, aqueles que precisam de menos alimentação para obter um maior ganho de peso. Para tanto, eles permanecem por 70 dias em confinamento recebendo alimentação a vontade e ao final é feito o cálculo para saber quais animais são mais eficientes na conversão dos alimentos em peso vivo.


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